sábado, 29 de novembro de 2014

Wikiautogestionária: Um Dicionário do Marxismo Autogestionário

A Wikiautogestionária é um dicionário do marxismo autogestionário. A Wiki dedicada à autogestão social está começando a ser construída e é uma contribuição para a luta cultural do proletariado revolucionária na sua luta por autoemancipação e emancipação humana.

Acesse a Wikiautogestionária!!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Eleições, Voto Nulo e Autogestão Social

VOTE NULO E LUTE PELA AUTOGESTÃO SOCIAL!!!


VEJA BLOGS QUE DISCUTEM VOTO NULO NA PERSPECTIVA AUTOGESTIONÁRIA:

http://informecritica.blogspot.com.br/

http://votonuloautogestionario.blogspot.com.br/

http://revolucio2080.blogspot.com.br/

http://movaut.blogspot.com.br/

domingo, 20 de julho de 2014


Prorrogação de prazo para resumos e trabalhos completos no III Simpósio Marxismo Libertário. Inscrições e instruções:http://nupac.net/inscricoes2014.html


quinta-feira, 13 de março de 2014

Revista Marxismo e Autogestão número 01 acaba de ser lançada!


SUMÁRIO

EDITORIAL

Marxismo e AutogestãoTEXTO COMPLETO
 2-8

ANÁLISE MARXISTA

O Capitalismo Estatal CubanoTEXTO COMPLETO
John Taylor9-15
Crítica aos ZapatistasTEXTO COMPLETO
Charles Reeve, Silvye Deneuve, Marc Geoggroy16-34
Das Lutas de Classes às Brigas PessoaisTEXTO COMPLETO
Nildo Viana35-54

MARX E OS MARXISTAS

Memórias de Karl Korsch - EntrevistaTEXTO COMPLETO
Hedda Korsch56-74
Notas Sobre Antonio Labriola e sua Importância para a Teoria e História do MarxismoTEXTO COMPLETO
Karl Korsch75-77
Nildo Viana: Crítica do Capitalismo e Projeto AutogestionárioTEXTO COMPLETO
Maria Angélica Peixoto78-103

CRÍTICA DO PSEUDOMARXISMO

O Renegado Kautsky e seu Discípulo LêninTEXTO COMPLETO
Jean Barrot104-114
Althusser e a Interpretação Ideológica do Pensamento de Karl KorschTEXTO COMPLETO
Nildo Viana115-128

CAPITALISMO E LUTA DE CLASSES

Teses Sobre os Movimentos SociaisTEXTO COMPLETO
Karl Jensen129-137
O Vento ou a Vida - O Modo de Vida Capitalista como Modo de Vida FútilTEXTO COMPLETO
Pierre Leroy138-142

TEORIAS DA AUTOGESTÃO

Filosofia e AutogestãoTEXTO COMPLETO
Jean-Luc Percheron143-148

EXPERIÊNCIAS AUTOGESTIONÁRIAS

As Lições da Revolução PortuguesaTEXTO COMPLETO
Maurice Brinton149-168
O Imprevisto da História: A Revolução PortuguesaTEXTO COMPLETO
Charles Reeve169-183
Revolução e Autogestão na UcraniaTEXTO COMPLETO
Piotr Archinov184-187

AUTOGESTÃO E FORMAÇÃO

Autogestão e FormaçãoTEXTO COMPLETO
Leon Rodriguez188-202

PROBLEMAS DA AUTOGESTÃO

Autogestão e Tecnologia CapitalistaTEXTO COMPLETO
Marc Willians203-214

AUTOGESTÃO E IDEOLOGIA

Autogestão no Capitalismo: Uma Equação ComplicadaTEXTO COMPLETO
Carlos Ladeia, Elisete Natário215-230

ESCRITOS ATUAIS DO PASSADO

As Associações OperáriasTEXTO COMPLETO
Karl Marx231-232
Marx e as Associações OperáriasTEXTO COMPLETO
Claude Berger233-235
Sindicalismo e Luta de ClassesTEXTO COMPLETO
Guy Aldred236-251

RESENHAS

Através do Poder - Resenha do livro O Que são Partidos Políticos?TEXTO COMPLETO
Rafael Saddi Teixeira252-255

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Teóricos da Autogestão: Anton Pannekoek




ANTON PANNEKOEK: TEÓRICO DA AUTOGESTÃO

BREVE BIOGRAFIA

Anton Pannekoek nasceu em Vaassen, Holanda, em 02 de janeiro de 1873. Sua família era das classes privilegiadas e seu pai era ligado ao Partido Liberal, motivo pelo qual ele iniciou sua participação política no interior do liberalismo. Com o passar do tempo vai se afastando dessa tendência e ao entrar na universidade para estudar astronomia, se afasta e passa a atua no Partido Socialdemocrata da Holanda. Logo se alinha com as tendências dissidentes, que publicavam o jornal A Tribunal, razão pela qual sua posição e de outros como o poeta Hermann Gorter passou a ser chamada de “tribunista”. Posteriormente rompe com a socialdemocracia, após estada na Alemanha, e acaba apoiando o processo revolucionário alemão e se aliando, junto com outros militantes como Gorter, Mattick, Rühle, ao Partido Comunista Operário Alemão, que era antiburocrático e se colocava como não sendo um “partido propriamente dito” e fazendo parte da tendência conhecida como “comunismo de conselhos”, autogestionária e antileninista e antissocialdemocrata. Com a derrota da Revolução Alemã e o refluxo do movimento operário na Europa Ocidental (com as derrotas das demais tentativas de revolução na Hungria, Itália, e derrota das lutas radicais na Inglaterra, França, etc.), ele acabou se afastando das lutas políticas proletárias diretas, mas continua colaborando com os grupos comunistas conselhistas restantes na Holanda, Alemanha e outros países e produzindo obras sobre o movimento operário. Em 1947 publica sua grande obra, Os Conselhos Operários. Assim, até sua morte em 1960, ele continua colaborando com os periódicos conselhistas e próximos, bem como trabalhando como professor de astronomia, sendo que desde o início do século 20 é um dos mais renomados astrônomos a nível mundial.

PRINCIPAIS OBRAS AUTOGESTIONÁRIAS
Pannekoek foi um autor prolixo, que escreveu mais de duas mil cartas, uma enorme quantidade de artigos, diversos livros. A sua obra mais famosa, no entanto, é História da Astronomia. Também escreveu sobre evolução e darwinismo. As suas obras voltadas diretamente para as questões políticas principais foram escritas ao longo do tempo e reproduzindo as fases distintas de seu pensamento político, como dissidente da socialdemocracia, dissidente do socialismo radical e comunista conselhista. Desde suas primeiras obras, no entanto, já pensava o comunismo e o movimento operário de forma distinta do que ficou conhecido pela abordagem socialdemocrata, amplamente criticada por ele, e pelo bolchevismo, que ele entrará em confronto com o seu próprio desenvolvimento e atinge o cume com as notícias da burocratização da Rússia. Sobre autogestão ele produziu uma conjunto enorme de cartas, artigos e um livro em especial, sendo que diversos artigos foram posteriormente reunidos e publicados como livros.
A sua principal obra é justamente o livro “Os Conselhos Operários”, onde ele sintetiza sua teoria e produção intelectual a partir do impacto da derrota do movimento operário e dos conselhos operários no início do século 20. Essa obra, que tem uma parte publicada no Brasil, sob o título A Revolução dos Trabalhadores, se destaca por haver todo um trabalho de análise dos conselhos e seu significado histórico. Outra obra publicada no Brasil, que reúne diversos artigos deste autor, no qual mostra sua crítica aos partidos políticos e aos sindicatos e sua defesa dos conselhos operários, é Partidos, Sindicatos e Conselhos Operários.
Pannekoek, assim como Marx, não usou a expressão “autogestão”, que só vai surgir no Maio de 1968 na França, mas usou termos que possuem o mesmo significado: comunismo, sistema de conselhos, conselhos operários.
A posição radical de Anton Pannekoek e sua recusa tanto da socialdemocracia e bolchevismo, levou seu pensamento a um processo de marginalização dentro do movimento intitulado “socialista”, especialmente a partir da chamada “bolchevização” dos partidos comunistas. No entanto, seu nome geralmente emerge nos momentos de radicalização das lutas, como no Maio de 1968 na França e a partir do movimento antiglobalização no final dos anos 1990, e ele sempre foi uma referência dentro dos grupos radicais dissidentes ou antagônicos à esquerda tradicional.

LINKS PARA LIVROS E ARTIGOS AUTOGESTIONÁRIOS
PANNEKOEK, Anton. Partidos, Sindicatos e Conselhos Operários. Rio de Janeiro: Rizoma, 2011.
PANNEKOEK, Anton. A Revolução dos Trabalhadores. Florianópolis: Barba Ruiva, 2007.

Veja também: Leitura recomendada e Textos, para mais indicações bibliográficas de/sobre Pannekoek e a autogestão.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Teóricos da Autogestão: Karl Marx



KARL MARX: TEÓRICO DA AUTOGESTÃO

BREVE BIOGRAFIA
Karl Marx (1818-1883) nasceu em Trèves, cidade ao sul da Prússia Renana, na fronteira da França, no dia 5 de maio de 1818. Filho de Herschel Marx, advogado e conselheiro da justiça, descendente de judeu, era perseguido pelo governo absolutista de Frederico Guilherme III. Em 1835 concluiu o curso ginasial no Liceu Friedrich Wilhelm. Ainda nesse ano e boa parte de 1836, Karl estudou Direito, História, Filosofia, Arte e Literatura na Universidade de Bonn.
No final de 1836, vai para Berlim, onde se propagam as ideias de Hegel, destacado filósofo e idealista alemão. Marx se alinha com os "hegelianos de esquerda", que procuram analisar as questões sociais, fundamentados na necessidade de transformações na burguesia da Alemanha. Entre 1838 e 1840, dedica-se a elaboração de sua tese, “A Diferença entre a Filosofia da Natureza em Demócrito e Epícuro” (1841).
Marx não é aceito nas universidades e começa a atuar como jornalista escrevendo artigos para publicação animada por ele e Arnold Ruge, os Anais Alemães, mas a censura impede sua publicação. Em outubro de 1842, muda-se para Colônia, e assume a direção do jornal Gazeta Renana, mas logo após a publicação do artigo sobre o absolutismo russo, o governo fecha o jornal. É expulso da Alemanha e vai para a França, com sua esposa Jenny e como Ruge funda a revista "Anais Franco Alemães", onde publica os artigos de Friedrich Engels. Marx publica "Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel" e "Sobre a Questão Judaica". Logo é expulso da França e posteriormente da Bélgica, terminando por morar em Londres, Inglaterra. Participa da fundação e organização da AIT – Associação Internacional dos Trabalhadores. Passa um período de sua vida na miséria e sobrevive dos poucos recursos de seus artigos em jornais e da ajuda de amigos e colaboradores. Na Inglaterra, publica parte de sua grande obra, O Capital.
Karl Heinrich Marx morreu em Londres, no dia 14 de março de 1883, em consequência de uma bronquite e de problemas respiratórios.

PRINCIPAIS OBRAS AUTOGESTIONÁRIAS
Marx tinha uma perspectiva crítica em relação ao utopismo. Crítico do socialismo utópico, que pregava uma nova sociedade, mas não observava os caminhos e agentes para sua constituição de forma concreta, apelando para soluções fantasiosas, como a “educação”, a “razão”, etc., ele escreveu pouco sobre a sociedade futura. Outro motivo para ser cauteloso em se tratando de discutir a sociedade do futuro, é devido sua tese de que a emancipação humana ocorre via revolução proletária e cabe ao proletariado mostrar o caminho concreto de sua realização. Nesse sentido, ele dedicou a maior parte de sua obra para compreender a história da humanidade e principalmente a sociedade moderna e as lutas de classes que tendem a engendrar o comunismo. Nesse sentido, produziu obras fundamentais como A Ideologia Alemã, Manifesto Comunista, A Miséria da Filosofia, O Dezoito do Brumário, entre outras.
A sua maior obra foi O Capital, que ficou incompleta. Ele, em vida, publicou apenas o volume 01 e os volumes 2 e 3 foram publicados por Friedrich Engels e o 4 por Karl Kautsky. Nessa obra, talvez a mais importante da sociedade moderna, ele aprofundou a análise do modo de produção capitalista, mostrando a essência da exploração dos trabalhadores assalariados produtivos pelo capital através da extração de mais-valor, bem como o processo de acumulação capitalista e suas tendências.
Assim, escreveu pouco sobre a sociedade futura, tendo trechos e observações espalhados por diversas obras, como A Ideologia Alemã, Manuscritos de Paris, Crítica ao Programa de Gotha, O Capital, Manifesto Comunista, entre diversas outras, incluindo cartas e textos curtos. As duas obras em que mais desenvolve sua análise da sociedade comunista são A Guerra Civil na França e Crítica ao Programa de Gotha. Na primeira ele analisa a primeira experiência autogestionária da história, a Comuna de Paris, mostrando seu caráter autogestionário e sua importância histórica universal; na segunda critica o programa do partido socialdemocrata alemão nascente e faz observações sobre o comunismo.
Marx não usou a expressão “autogestão”, que só vai surgir no Maio de 1968 na França, mas usou termos que possuem o mesmo significado: comunismo, autogoverno dos produtores, livre associação dos produtores.
A deformação do pensamento de Marx pelo pseudomarxismo e as pseudocríticas e críticas equivocadas de adversários políticos serviu para criar uma interpretação dominante do seu pensamento que o vincula com seus deformadores (Lênin, Stálin, Trotsky, Mao Tse-Tung, etc.), os produtores do pseudomarxismo, com o capitalismo de Estado da antiga URSS e semelhantes (Cuba, China, Leste Europeu, Albânia, etc.) e com o “autoritarismo”. Essa interpretação falsa e dominante apenas ofusca sua luta e contribuição para a teoria da autogestão social, a mais profunda, pois por menos que tenha escrito sobre a sociedade futura, fez toda uma análise profunda do capitalismo e suas tendências, entre outros aspectos, que são fundamentais para uma teoria da autogestão social. Os escritos em que faz referências ao comunismo, apesar de poucos, são fundamentais, pois rompem com o utopismo, como os modelos pré-fabricados por ideólogos e utopistas, e destacam elementos fundamentais, como a necessidade de pensar o agente da revolução, o proletariado, e suas experiências históricas, bem como ter cuidado com o processo da contrarrevolução e seus perigos e mecanismos para tentar enfraquecer tal tendência.

LINKS PARA LIVROS E ARTIGOS AUTOGESTIONÁRIOS

MARX, KARL. A Guerra Civil na França. Várias edições.
MARX, KARL. Crítica ao Programa de Gotha. Várias edições.

Veja também: Leitura recomendada e Textos, para mais indicações bibliográficas de/sobre Marx e a autogestão.



O que entendemos por autogestão social?

Nós entendemos por autogestão social algo mais específico do que o mero uso da palavra "autogestão". A palavra vem sendo deformada e usada para definir coisas que nada tem a ver com a palavra em sua uso original, ligado às lutas revolucionárias do maio de 1968 na França.

O presente blog é voltado para a autogestão social e a palavra "social" serve apenas para distinguir das concepções simplistas, administrativistas, reformistas, do termo, pois assim fica claro que a autogestão remete à totalidade da vida social.

Nesse sentido, entendemos por autogestão social, ou simplesmente autogestão, uma nova sociedade, fundada na autogestão coletiva do processo de produção e do conjunto das relações sociais, uma sociedade sem estado, capital, dinheiro, relações de exploração e dominação, etc., fundada na igualdade e na liberdade.